Nubia com 2 anos é a primeira criança da qual se tem noticia que sobreviveu após ter nascido com Ebola. Ela foi tratada ainda bebê em um centro administrado pelo Médicos Sem Fronteiras, na Guiné, onde sua mãe teria morrido horas depois do parto.
Uma das médicas responsáveis pelo tratamento de Nubia, segundo o jornal The Telegraph, Séverine Caluwaerts, diz que ela teve sorte de ter nascido no final da epidemia na África Ocidental, quando uma equipe de vinte funcionários estava a disposição de apenas três pacientes. “Era uma situação desesperadora e tivemos permissão da família para fazer um tratamento experimental quando ela tinha apenas alguns dias de vida”, conta a obstetra.
Durante o uso do medicamento experimental que nem sequer tinha nome naquela época, ela recebeu todo um suporte da equipe para qual se tornou o centro das atenções. Nubia frequentou uma clinica de organização para sobreviventes do Ebola e hoje leva uma vida normal “Nubia é uma virada no jogo. Antes dela, nenhum bebê havia sobrevivido ao Ebola congênito (herdado da mãe durante a gravidez). Ela mudou isso”, afirma Caluwaerts.
Em uma convenção do Médico Sem Fronteiras em Londres, o caso foi apresentado pela médica com a esperança de que as lições aprendidas no cuidado com a bebê possam ser utilizadas em surtos de Ebola. Sua pesquisa inclui também dados importantes sobre mulheres grávidas: das 77 gestantes internadas durante a epidemia na Guiné, 22 morreram durante a gravidez e 52 tiveram abortos espontâneos, deram a luz a bebês natimortos ou que morreram pouco depois do parto, o que torna o caso de Nubia ainda mais importante e impressionante.
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