Saiba mais sobre o estresse tóxico que ataca as crianças

Todos passamos por momentos de estresse inclusive as crianças, doenças na família, problemas na escola, excesso de atividades, porém quando esses estresses se tornam frequentes e mais intensos é preciso ficar em alerta pois pode ser o estresse tóxico.

De acordo com a pediatra Liubiana Arantes, presidente do Departamento Científico de Desenvolvimento e Comportamento da Sociedade Brasileira de Pediatria, existem três tipos de estresse: o positivo, o tolerável e o tóxico.

Todos são relacionados com a capacidade da criança em lidar com episódios negativos, conforme a maturidade e também com o apoio que a família oferece nesses momentos.

Tipos de estresse

Estresse positivo:

Acontece quando a criança passa por momentos de estresse de baixa intensidade e por curtos períodos de tempo, mas no geral há suporte familiar e traz benefícios a criança, como por exemplo no inicio da vida escolar ou quando se tem que tomar uma vacina.

Estresse tolerável:

Ocorre quando a criança passa por algumas situações difíceis por um maior período de tempo, apresentando dificuldades para lidar com elas, mas conta com a ajuda da família. Um exemplo é no caso uma doença seria acomete algum familiar.

Estresse tóxico:

O estresse passa a ser tóxico quando seu nível é muito alto ou quando a situação é repetida, na qual supera a forma e a capacidade da criança de lidar com ela. Nesse nível de estresse se encaixam a violência física ou verbal, a privação econômica e social, o estresse dentro da escola, a falta de carinho, a ausência de um ou de ambos pais, excesso de atividade ou um divórcio conturbado.

Consequências do estresse tóxico

Fazem parte das consequências do estresse tóxico a curto prazo a irritabilidade, distúrbios do sono, falta de equilíbrio, mudança brusca de comportamento e a perda e imunidade.

Já no médio prazo é possível perceber uma piora no nível de inteligência e o aparecimento de transtornos comportamentais como ansiedade e a depressão.

A longo prazo o risco é significativamente maior para o surgimento de transtornos psiquiátricos, doenças autoimunes e doenças crônicas como diabetes, hipertensão e o AVC (Acidente Vascular Cerebral).

 O que fazer?

Não há tratamento que reverta as consequências mais graves do estresse tóxico, já que pode causar perda de sinapse, as conexões dos neurônios e redução da capacidade cerebral. Entretanto é possível minimizar os efeitos e evitar que atinja níveis mais altos. Você pode inserir hábitos saudáveis no dia a dia, alimentação adequada, pratica de esportes. É importante separar um tempinho para brincar, com os pais também, e inclusive prestar atenção na rotina de sono.

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