Conheça a síndrome de West

A síndrome de West se manifesta por movimentos repetitivos de flexão ou extensão do corpo, causados por espasmos musculares. Uma condição epiléptica severa que ocorre principalmente entre o 2° e 12° meses de vida, podendo afetar crianças de até 2 anos.

O bebê estica os bracinhos, dobra o tronco, fica alguns segundos assim e depois volta à posição normal. A repetição que chama a atenção durante a ocorrência pode ocorrer 10, 15 vezes. Geralmente acontece ao despertar ou quando está indo dormir.

Diagnostico

É feito com base na observação dos movimentos e no eletroencefalograma, um exame que registra as correntes elétricas do cérebro e mostra ao médico um quadro bastante especifico, que facilita na identificação da doença. É importante fazer o diagnostico logo e iniciar rapidamente o tratamento pois as crises afetam o desenvolvimento da crianças.

Nas crianças que não recebem os cuidados adequados os espasmos tendem a desaparecer até o quinto ano de vida porém são substituídas por outras crises epilépticas ainda mais graves.

Causas

O nome da Síndrome se deu em homenagem ao médico W.J.West que a descreveu pela primeira vez em 1841. As causas são variadas em origem genética ou falta de oxigenação durante o parto ou a gravidez, mas as vezes não é possível identificar o diagnostico.

Estimasse um caso a cada eis mil nascimentos e os meninos são os mais afetados segundo a Organização Mundial de Saúde. É comum que a Síndrome de West apareça com outros problemas neurológicos e metabólicos ou junto a outras síndromes genéticas, como a de Down.

Tratamento

Atualmente existem varias linhas de tratamento. Até algum tempo era tradicional o uso do hormônio adrenocorticotrófico, também chamado de corticotrofina ou ACTH, uma substancia injetável e bastante eficaz, mas muito cara.

Porém nos últimos anos surgiram novas opções de medicamentos anticonvulsivantes como a vigabatrina que vem sendo muito prescrita pelos médicos. Também acredita-se que uma dieta cetogênica que é pobre em carboidrato e rica em lipídios pode ajudar por trazer alterações hormonais que podem ser benéficas, mas deve ser orientada e acompanhada por um profissional especializado.

O tratamento tem duração de cerca de 2 anos e algumas crianças se recuperam completamente, ficando livres de medicamentos para a epilepsia. O acompanhamento é muito favorável a longo prazo.

A seguir um vídeo de um bebê tendo um ataque de Síndrome de West

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