Segundo um estudo publicado no periódico Mayo Clinics Proceedings, o risco das mulheres sofrerem um ataque cardíaco durante a gravidez, o parto ou o puerpério aumentou 25% entre 2002 e 2014.
Os pesquisadores coletaram dados de mais de 55 milhões de nascimentos ocorridos em hospitais dos Estados Unidos e ao longo dos 13 anos de pesquisa descobriram que 4.373 mulheres foram hospitalizadas por conta de ataque cardíaco, chamado também de infarto do miocárdio, durante a gestação, parto ou logo após o nascimento do bebê.
A explicação para esse aumento, segundo os pesquisadores pode ser pela idade que a mulher escolhe engravidar. A tendência hoje em dia é de esperarem mais tempo para ter filhos e consequentemente engravidam cada vez mais velhas. Aquelas que tinham entre 35 e 39 anos apresentavam cinco vezes mais chances de sofrer um ataque cardíaco do que as de 20 anos mostrou estudo, e quando completam 40 os riscos são 10 vezes maiores.
“Embora ainda precise de mais esclarecimentos, esse resultado provavelmente está muito relacionado ao estilo de vida que temos hoje. O estresse do dia a dia, a má alimentação, o sedentarismo, a obesidade, o tabagismo e a falta de diagnóstico precoce trazem um risco aumentado para essas mulheres, já que na gravidez o coração trabalha de forma mais intensa”, explica o cardiologista Paulo Chaccur, diretor da seção médica de cirurgia cardiovascular do Instituto Dante Pazzanese (SP). O estudo serve como um alerta para que as mulheres mantenham uma boa qualidade de vida e façam acompanhamento com o cardiologista ainda na fase de planejamento, segundo ele. “Se a mulher apresentar alguma cardiopatia, a gestação pode ser uma situação de risco tanto para ela quanto para o bebê. Por isso, fazer uma avaliação cardiológica é fundamental para saber se a paciente poderá engravidar ou se terá algum problema ou descompensação durante a gravidez” explica.
Leia mais:
Confira: Não é mito, a gravidez pode sim alterar sua voz
Comente