Risco de parto prematuro é detectado em novo exame de sangue

A partir de amostras de sangue de futuras mães, cientistas da Universidade de Stanford, Estados Unidos chegaram a uma conclusão: um conjunto de genes é capaz de prever quais gestantes correm o risco de dar a luz antes de 37 semanas. A precisão desses resultados são altas, cerca de 80%.

Foram cerca de 20 mil genes humanos de diferentes mulheres analisadas pelo o professor de bioengenharia e física aplicada, Stephen Quake e sua equipe , o grupo identificaram que sete deles são capazes de revelar condições de prematuridade e nove ajudam a prever com exatidão a idade gestacional. “Passei muito tempo trabalhando para entender o parto prematuro”, diz a coautora do estudo, Mads Melbye. “Esse é o primeiro progresso científico real e significativo sobre o problema há muito tempo” completa ela. O avanço é bem significativo já que, por ano, acontecem cerca de 15 milhões de nascimentos prematuros no mundo.

A ultrassonografia já era capaz de prever o tempo gestacional mas com precisão maior apenas no primeiro trimestre. Já a nova descoberta pode ser útil nos estágios mais avançados. Uma data imprecisa pode levar a indução desnecessária do parto, a uma cesárea sem a real indicação, a cuidados pós-natais prolongados e ao aumento de despesas medicas de acordo com pesquisadores.

No experimento, os pesquisadores conseguiram identificar, via exames periódicos de sangue da mãe, minúsculos fragmentos produzidos pela placenta capazes de prever a idade gestacional. Assim sendo possível alcançar a mesma previsibilidade de um ultrassom realizado no primeiro trimestre.

Apesar do teste ser promissor, não há previsão de quando o exame será disponibilizado. “Ainda não está claro exatamente como a atividade dos genes impacta o desenvolvimento fetal e a gravidez. Antes que o teste se torne uma realidade mais pesquisas serão necessárias, mas agora sabemos onde investir nossos esforços”, disse o pesquisador. Avaliar a confiabilidade dos testes em ensaios clínicos será os próximos passos.

Os cientistas estão otimista e acreditam que esse exame, ainda que a longo prazo, deverá melhorar a qualidade do pré-natal e assim contribuir para gestações e bebês mais saudáveis.

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