Felipe Andreoli fez uma declaração emocionante e sincera que muitos pais deveriam ler e ouvir, confira abaixo:
“Sempre tive certeza de que a Rafa seria boa mãe. Havia alguns indícios. Ela tem caráter e retidão perceptíveis em todos os detalhes e eu sabia que essa maneira de ser refletiria na educação e na vida do Rocco. Ela já era apaixonada por crianças e uma supertia, querida e presente na vida de nossa sobrinha, Miranda.
Eu também já estava louco para ser pai. Eu falava que 30 anos seria perfeito. Assim, quando meu filho tivesse 15, eu poderia jogar bola com ele em alto nível. Olha as preocupações!
Acabei sendo um pai mais velho, beirando os 37, o que foi muito melhor. Além de continuar podendo jogar futebol, eu já era um ser humano mais maduro, mais preparado para a paternidade. Hoje, sem dúvidas, entendo e respeito muito mais meus pais, que encararam esse desafio na faixa dos 20. Que loucura! Mas quando chegam os filhos, vamos nos adaptando a todas as dificuldades, maluquices e idiossincrasias da vida.
Quando Rocco nasceu, ela superou as expectativas, que já eram altas da minha parte. Somos de uma geração que está mudando, mas eu ainda acreditava naquele mito de que a mãe era aquela que cedia aos caprichos e mimava o bebê, enquanto o pai era a pessoa mais dura, que colocaria ordem em qualquer tipo de birra ou manha excessiva.
Hoje, sei que não existe regra, porque, lá em casa, foi o contrário: fui eu que me mostrei extremamente suscetível aos charmes do Rocco. Talvez por ser filho de pais separados, surgiu em mim a vontade de ser o mais “prestativo” possível com o menino.
Outro dia, ao tentar abrir uma caixa, Rocco balbuciava: “abí, abí”. Fiquei fascinado pelo simples fato de ele estar verbalizando uma de suas primeiras ações. Enquanto isso, a Rafa, implacável, tentava ensinar a ele que, antes da palavra abrir, vinha o “por favor”. “Filho, pede ‘por favor’”, dizia ela.
Com o tempo, fui entendendo que Rafa tinha razão. É impressionante a habilidade das crianças em nos persuadir com um chorinho estridente ou então com aquela tática que adoramos, que é quando elas se jogam no chão, chorando freneticamente. E quando olhamos os filhos dos outros fazendo isso, prometemos, em pensamento: “Meu filho nunca vai fazer isso”. Mas, acredite, ele vai. Tenho aprendido a ser firme aos poucos.
Com o passar dos meses, senti que o amor e o afeto demonstrados tinham de ser equilibrados com firmeza e autoridade nos momentos certos. Isso não é falta de amor. É amor também.
Estou melhorando, juro.
Confesso que ainda saio correndo quando ouço um chorinho mais alto pela casa, mas tenho aprendido a frear na chegada e passar a tranquilidade e a calma de que ele precisa nessas horas. Rafa nunca chorou ao deixar Rocco na escola. Já eu…
Então seguimos, Rocco e eu, aprendendo com a dona dessa coluna. “Mamãe, feliz dia dos pais.”
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