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Já se foi a época em que as brincadeiras de crianças eram vistas apenas como um passatempo. Desde o início do século 20, quando estudos do psicólogo russo Lev Vygotsky apontaram para o avanço na capacidade cognitiva da criança ao brincar, o faz-de-conta ganhou novas interpretações e assumiram importância no processo de aprendizado e socialização.
Hoje em dia sabe-se que ao brincar e criar uma situação imaginária a criança assume diferentes papéis, que vai além do seu comportamento habitual. Os benefícios da brincadeira, como conhecer o funcionamento do próprio corpo, dividir brinquedos, criar regras e solucionar problemas são incontestáveis. O importante é garantir que a criança tenha tempo livre para decidir com o quê e como brincar.
O brinquedo assume um papel importante dentro disso. Os objetos tem força motivadora para as crianças, pois auxiliam na transposição do mundo real para um universo imaginário, permitindo que elas atuem de forma diferente em relação ao que veem. Durante o faz-de-conta é onde a criança pode alcançar níveis mais complexos, graças a possibilidade de interação entre os pequenos dentro de um situação que envolve regras de convivência e negociação.
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