Marido manda recado para todas as mães que estão lutando contra depressão pós-parto

A gravidez e a chegada do bebê mexem com a mãe em todos os sentidos. Hormônios bagunçados, emoções à flor da pele, rotina completamente alterada… Essas mudanças são normais e esperadas. Mas, para muitas mulheres, podem causar um problema ainda maior: a depressão pós-parto, que acomete 25% das mães brasileiras, segundo pesquisa realizada pela Fundação Oswaldo Cruz.

O sofrimento da canadense Florence Leung, 32, se tornou insuportável até que ela desapareceu de sua casa na província de British Columbia, no Canadá, em outubro de 2016. Em 15 de novembro, Florence foi encontrada sem vida perto de Bowen Island. Ela teria se afogado.

Inconformado, seu marido, Kim Chen, mandou um recado comovente pelo Facebook para todas as mães que estão lutando contra a doença: “Para todos as mães de primeira viagem que estejam sentindo ansiedade ou falta de motivação, por favor, procurem ajuda e falem sobre o que estão sentindo. Você não está sozinha. Você não é uma mãe ruim”.

Kim mencionou a hipótese de que a pressão da amamentação sobre Flo (como ele chamava sua esposa), pode ter tido um impacto negativo sobre ela: “Nunca se sinta mal ou culpada por não poder amamentar, por mais que você se sinta pressionada pelas campanhas, folhetos e cartazes nas maternidades […]. Ainda me lembro de ler um folheto pra Flo que dizia que leite materno era alimento indispensável para o bebê nos primeiros seis meses de vida. Também me lembro de cartazes na maternidade dizendo que o peito era a melhor opção”. Ele continuou: “Embora eu concorde com os benefícios do leite materno, é preciso que seja divulgado que complementar a alimentação com fórmula é ok, uma opção completamente viável. […] Você se sente menos mãe quando tenta e tenta o seu melhor para amamentar que isso se torna um problema. A culpa de querer dar apenas o peito e não conseguir é debilitante”.

Quando há dificuldades na amamentação, por algum motivo, a dica é procurar ajuda de profissionais especializados no assunto, como enfermeiras e consultoras. É possível que o problema se resolva com o ajuste da pega, com uma mudança de posição ou outras soluções, que a mãe nem sempre consegue encontrar sozinha. Procurar apoio, em vez de sofrer sozinha, é fundamental.

“Flo fez sozinha uma sessão de fotos de maternidade. Fui seu assistente, pressionando o obturador e certificando-a de que seu cabelo estava arrumado. Por ser uma fotógrafa de moda premiada, Flo mostrou seu nível de dedicação habitual ao fazer essas fotos”, escreveu Chen, orgulhoso.

“Estávamos tão felizes, todos os dias, vendo nosso filho chutar e crescer dentro de sua barriga. Mal podíamos esperar para dar as boas-vindas ao nosso bebê ao mundo. Eu adorava me aconchegar em na barriga dela, conversar e cantar para o nosso filho. Ela é tão preciosa para mim. Ele é tão precioso para nós.”

O filho do casal, que já está com quase 5 meses, está bem: “Nosso bebê está crescendo e bem cuidado. Ele sorri muito!”, completou o pai.

Fonte: Mãe publica relato para falar sobre depressão pós-parto

Comente