Mãe é discriminada em processo seletivo de empresa por ter filhos pequenos

O desabafo de uma mãe depois de ter sido prejudicada no processo seletivo de uma empresa por ter dois filhos pequenos, Lucas, 5 anos, e Maria Lara de 1 ano e 8 meses, comoveu as redes sociais. A especialista em planejamento financeiro Sonia Tomiyoshi compartilhou a mensagem em um grupo de Facebook e recebeu centenas de comentários de apoio e relatos de histórias parecidas.
Sonia contou que, depois de um processo de seleção que durou 2 meses e no qual foi aprovada em todas as etapas, a recrutadora ligou para dar o surpreendente retorno final. “Ela disse que me agradecia e não tinha dúvidas de que eu era a melhor candidata e faria um bom trabalho, mas que infelizmente a diretoria não me contrataria por ter dois filhos pequenos. Eles achavam que por isso não conseguiria me dedicar tanto ao trabalho. Quando me disse isso, a própria recrutadora admitiu que não concordava com esse posicionamento”, disse.
Sonia tentou contra argumentar afirmando que tinha babá, familiares que ajudavam com as crianças e que já havia conciliado casa e um cargo de gestão por 5 anos sem problemas, mas não houve acordo. “Não concordo com quem pensa que mães não se dedicam tanto ao trabalho, acho que é o contrário. Você acaba tendo mais responsabilidade emocional e financeira e quer dar tudo de si na carreira para que seus filhos possam ter o melhor”, afirma.
Mesmo depois do que passou, Sônia, que possui duas graduações e uma pós, afirma que não pretende desistir da busca por um novo emprego e que não vai denunciar a empresa porque acredita que já atingiu o seu objetivo divulgando o que aconteceu. “Fico triste ao ver que as oportunidades de trabalho são menores para as mães. O mercado precisa evoluir nesse sentido e entender que qualquer um pode ficar doente e ter dificuldades pessoais independente de ter filhos. As crianças não são um problema, pelo contrário, são uma motivação”, diz.

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